Entre os dias 15 a 20 de novembro, a Prefeitura de Paraíba do Sul, através da Fundação Cultural, promove o festival “Novembro Cultural” em celebração a Consciência Negra, feriado nacional que recorda as lutas e o orgulho da população negra. Com palestras de especialistas, manifestações culturais, exibição de documentários, apresentações artísticas e muita música, o evento será sediado no palco do Centro Cultural Maria de Lourdes Tavares, na antiga Estação Ferroviária, e com algumas atrações no Clube Social de Paraíba do Sul.
Todos os elementos culturais presentes no festival contam a trajetória de luta da população negra e a resistência dos ritos e conhecimentos de seus ancestrais. Neste ano, a edição homenageará Manoel Congo e Marianna Crioula
A programação começa no dia 15, feriado da Proclamação da República, no Clube Social, com a grade dividida com workshops de dança e apresentações. No segundo dia, 16, o Festival ocorrerá no Centro Cultural e apresentará a abertura das exposições (mais informações no final do texto), palestras da área jurídica, exibição do documentário “Tributo à Manoel Congo e Marianna Crioula”. O dia será encerrado com o encontro de mulheres empreendedoras de Paraíba do Sul, o projeto “Elas por Elas.
No início do fim de semana, na sexta-feira, dia 17, as palestras, documentários e exposições ainda estarão disponíveis. Às 20h, o grupo petropolitano de sucesso, a banda “Tribo de Gonzaga”, sobe ao palco com o melhor da música regional. No sábado, dia 18, o palco será dos talentos sul-paraibanos e regionais. Coral Municipal de Paraíba do Sul, Valdir e Marcela, Ademilson Ribeiro, Nossa Bossa – Trio, Fábio Gama, Pierre Pureza e Toni Nascimento agitarão o festival a partir das 15h.
Na véspera do feriado, domingo, a programação inicia às 16h30, com o “Last Dance”. Às 17h, a Dança dos Orixás e Intervenção Marianna Crioulo comandam o palco. Após, às 18h30, o Centro Espírita Cabouclo Serra Negra e Pai Joaquim D’Angola apresentam a “Dança dos Malandros”. A partir das 19h, o jongo, maculelê e a Família Capoeira Raízes esquentam os tambores. O evento encerra com Samba de Roda, às 20h, e o Afroreggae às 21h.
No último dia, feriado da Consciência Negra, o festival se encerra com Missa na Igreja do Rosário, às 9h, e Berimbalada em direção ao Centro Cultural. Com a chegada, às 11h ocorre o rodão de capoeira. A partir das 14h, o grupo RecordaSamba e o Baqueta de Ouro fecham a programação do evento.
Exposições (16, 17, 18 e 19 de novembro):
“Tributo à Manoel Congo e Marianna Crioula”
“Tudo aquilo que me cerca”, de Ubiratan Lima
“Ateliê de Maria: Roupas & Acessórios de Umbanda”
Palestra (16 e 17 de novembro, às 10h30 e 14h)
“LEI 14.532/23: a nova Lei que equipara o crime de injúria racial ao racismo”, com Rubia Felício
20 de novembro
A data da consciência negra, celebrada em todo território brasileiro no dia 20 de novembro, foi instituída em 2011 pela Lei n.º 12.519, em alusão ao possível dia da morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares.
Para essa data destina-se o momento de rever e questionar a posição da população negra em um país que a escravidão perdurou por mais de 350 anos. Hoje, as gerações que sucederam à época ainda sofrem os preconceitos marcados por um passado hostil que precisa ser superado, revisitado e recompensado para que as consequências sejam diminuídas.
As comemorações trazem consigo a reflexão sobre o papel da sociedade em lutar pelo fim da discriminação racial e pela igualdade.